Ana
Termino de fazer minhas malas, ainda ao telefone com Lili. Esta é a milésima vez em que ela faz piadinhas dizendo que vou conhecer meus sogros. Na verdade, minha situação com Marco ainda está indefinida, nessas duas últimas semanas dormimos juntos e confesso que meu corpo está se acostumando ao seu. Ele está se tornando um vício pra mim. Cada vez que fazemos amor parece que é a nossa primeira vez, sempre intenso e bom. Marco preenche todos os meus vazios. Também não sei como chamar isso, ainda não conversamos sobre o que há entre a gente, e também não quero pressionar ele.
Percebo que ele está entrando no quarto e vou me despedindo de minha amiga:
— Depois nos falamos, preciso terminar com isso aqui. Nosso voo sai às 11:00.
Enquanto minha amiga desliga, sinto duas mãos fortes me envolver por trás, Marco me abraça e na sequência beija meu pescoço. Como em todas às vezes, suspiro. Ele é muito carinhoso.
— E aí, falta muito para terminar com a mala? — ele fala ao pé do meu ouvido com