Lucca e Rafael se levantaram quase ao mesmo tempo, como se um código invisível tivesse sido acionado entre eles.
— Vamos para o escritório, preciso te mostrar o contrato com os russos — Rafael disse, já pegando a taça de vinho.
Lucca beijou o topo da minha cabeça antes de se afastar.
— Eu volto rápido, princesa — murmurou, dando um leve aperto na minha cintura.
Só essa frase já foi suficiente para aquecer o lugar exato que Emma tinha tentado congelar mais cedo.
Observei os dois saírem da sala de jantar, o som dos passos ecoando pelo corredor em direção ao escritório. Quando o silêncio caiu, não foi exatamente confortável. Ficou denso. Carregado.
Ficamos só eu, Giovanna e a mesa ainda com restos de comida e taças de vinho quase vazias.
Giovanna girava devagar o líquido rubi dentro da taça, pensativa. O olhar dela parecia longe, mas eu sabia que não estava. Giovanna nunca estava realmente distraída — ela observava tudo.
Inclusive eu.
— Então… — ela começou, pousando a taça de leve na me