O corredor escuro parecia um túnel de sombras, e Céline avançava com passos medidos, o coração batendo em um ritmo que ela se recusava a mostrar. O ar frio acariciava a pele nua de seus ombros, e ainda assim, ela não cedia ao arrepio que queria traí-la. Cada passo ecoava no silêncio, lembrando-a de que ali, mesmo no meio do perigo, ela ainda era senhora de si mesma.
Parou diante de uma janela, a luz da lua pintando seu rosto de prata. Por um momento, Céline permitiu-se fechar os olhos, tentando sufocar as lembranças daquela noite — o toque dele, as palavras que pareciam promessas e ameaças ao mesmo tempo. Mas não podia permitir que nada disso a desviasse. Não podia se dar ao luxo de perder o controle.Uma porta rangeu atrás dela, e Céline abriu os olhos, voltando ao presente. Liora, a mulher de cabelos escuros e olhar insondável, surgia como uma sombra viva.— Céline — murmurou Liora. — O Alfa a espera na biblioteca.Céline ergueu o queixo