A Senhorita Encrenca caiu na besteira de permanecer no meu carro.
Aquele era o gatilho para Lyra avançar, mas ela era adestrada e só atacava alguém em duas hipóteses: se eu mandasse, ou se alguém me atacasse.
Deixei-a assustá-la e depois a chamei para meu lado.
Eu não estava disposto a ser carinhoso, pelo contrário, eu queria
mostrar a ela do que Mikhail era capaz. Depois do susto com minha mascote, ela subiu as escadas atrás de mim tentando disfarçar, mas estava branca como vela.
— Deveria ter me avisado sobre esta fera, não é?
Dei uma gargalhada, passei a mão na cabeça da minha cadela e
debochei da garota.
— Ela é a cadela mais fiel que conheço.
Ela revirou os olhos para mim. Fingi não ver, segurei a mão dela e
saí a arrastando para o meu covil do lobo. Meu quarto do prazer.
— Você pensa que pode comigo, Senhorita Encrenca?
— Luna. O meu nome é Luna.
Dei uma gargalhada sarcástica.
— Não. Eu ouvi bem o nome anunciado no leilão e foi: Senhorita
Encrenca.
Ela abriu a boca atrevida para