Camelia deixa-se cuidar, embora se estremeça sempre que ele a toca, recordando as terríveis e repugnantes mãos de Leandro. No entanto, aguenta o melhor que pode. Não lhe passou despercebido o grande esforço de Ariel para se manter tranquilo, animando-a e sem dizer nada. Agradece-lhe isso do fundo da alma. Quando ele termina de aplicar o creme em cada marca do seu corpo, escondendo-as da vista de ambos, ela abraça-o tal como está, nua. Ariel também a abraça com força, lutando contra a vontade de chorar ao ver aquelas horríveis mordeduras. Aperta-a com força enquanto pensa nas palavras que o seu irmão mais velho lhe disse: o único importante é que Camelia está viva.
— Agora sim consigo sentir o teu cheiro, amor, agora sim! — exclama Camelia, emocionada.— Já desapareceu o outro? — pergunta Ariel, surpreendido.— Acho que si