Vitória
Nossa viagem para a propriedade de férias foi tranquila. Apesar da distância e dos solavancos na estrada, não tivemos nenhuma avaria nas carruagens e chegamos bem. Após descansarmos na sala principal, saímos para o jardim pois as crianças estavam ansiosas por brincar ao ar livre. O jardim era grande e terminava no penhasco, que havia sido cercado por pedras como proteção. A vista dali de cima era deslumbrante, podia-se ver a longitude do mar, a linha do horizonte ao fundo e naquele momento em que nos sentamos para tomar nosso chá da tarde, começava o espetáculo do pôr-do-sol.
— Tinha me esquecido da beleza desse lugar, Aron. — Não conseguia nem piscar de tão encantada que estava.
— Eu também, minha querida. Por que fi camos tanto tempo sem vir aqui? Quer dizer, eu sei por que, mas lamento não ter vindo!
— Compreendo o que quer dizer, eu também não acredito que demoramos tanto para voltar. No entanto, esse tempo foi necessário para colocarmos nossas vidas no eixo, principa