Eugênia
Ainda naquela mesma sala, naquela mesma tarde, meu irmão me contou tudo sobre o que mais desejava saber em minha vida: onde estava meu filho!
— Acho melhor tomarmos mais uma xícara da infusão, ambos iremos precisar, eu para lhe contar e você para receber a notícia. — Abdus levantou e nos serviu mais chá que ainda estava fumegante sobre o fogão a lenha.
— Necessito muito, pois meu corpo inteiro está tremendo, não consigo controlar, é mais forte do que a minha vontade. — Ele segurou a mão que estava livre e a apertou fechando os olhos.
Senti um forte arrepio percorrer a minha espinha, como uma energia que tomou o meu corpo, acalmando cada parte dele. Respirei fundo, tomei mais um gole da infusão e percebi que estava pronta para o que viesse.
— Antes de qualquer coisa me diga se você sabe onde meu filho está agora e se ele ainda vive!?
— Sim! Ele é vivo e sei onde ele está agora! — meus olhos desaguaram outra vez, pois aquela revelação era a mais importante do que a do passado.
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