O quarto do hospital estava envolto em um silêncio reconfortante. Lá fora, a cidade nunca dormia, mas ali dentro, o tempo parecia desacelerar, transformando aquele momento entre pai e filho em um fragmento de eternidade.
Luna tinha ido para casa com Valentina e Jacob observava Joshua dormir, o pequeno peito subindo e descendo suavemente, a respiração leve como uma pluma.
Amanhã tudo mudaria.
Ele passaria pela cirurgia que poderia salvá-lo.
O pensamento trouxe um aperto no peito de Jacob. Ele confiava nos médicos, sabia que o transplante era a melhor solução, mas o medo não saía de dentro de si, cravado fundo como uma lâmina afiada.
Ele nunca esteve tão perto de perder a coisa mais preciosa de sua vida, jamais sobreviveria a isso.
Joshua mexeu-se na cama, franzindo o cenho como se estivesse prestes a acordar. Jacob passou a mão pelos cabelos macios do filho, observando-o com o carinho que só um pai poderia sentir.
Os olhos sonolentos do menino se abriram, fixando-os nos do pai.
— Papa