Jacob segurou a mão de Luna com firmeza enquanto a conduzia até o carro. O toque dele era quente, protetor, como se nada no mundo pudesse machucá-la enquanto ele estivesse por perto. E, de certa forma, aquilo era verdade.
Sem dizer uma palavra, ele abriu a porta para ela entrar e logo ocupou o assento do motorista. O silêncio que se instalou durante o percurso era pesado, mas não desconfortável. Era como se ambos estivessem processando o que havia acabado de acontecer.
Jacob dirigia com o maxilar travado, os dedos apertando o volante com força suficiente para deixar os nós dos dedos brancos. A imagem de Thomás sorrindo para Luna ainda queimava em sua mente, o desejo de quebrar aquele desgraçado ainda pulsava por todo o seu corpo.
— Jacob… — A voz de Luna saiu baixa, quase um sussurro.
Ele desviou o olhar da estrada e encontrou os olhos dela. O medo que havia nela, o alívio, a gratidão… tudo se misturava em uma expressão que o atingiu como um soco.
— Está tudo bem agora. Eu estou aqui.