O quarto estava silencioso, preenchido apenas pelo som suave da televisão que passava um desenho animado qualquer. Joshua, ainda um pouco abatido pela febre, repousava contra os travesseiros fofos da cama dos avós. Ele piscava devagar, os olhos fixos na tela, mas sua atenção estava longe dali.
Ao seu lado, Katerina deslizava os dedos pelos cabelos macios do neto, num carinho automático, algo que fazia desde que ele era pequeno. Ela sempre dizia que esse toque podia curar qualquer dor, mas nem todo carinho do mundo poderia afastar a tempestade que se aproximava.
O som do celular vibrando quebrou a calmaria, chamando a atenção do menino. Joshua pegou o aparelho rapidamente e ao ver o nome que brilhava na tela, um sorriso iluminou seu rosto pálido.