A noite pulsava com vida própria.
Sob a imensa tenda branca, humanos e lobos se misturavam, rindo, dançando e brindando. Mesas repletas de frutas, carnes assadas e vinho se intercalavam com espaços de dança improvisados, enquanto uma banda tocava melodias que uniam ritmos humanos e tribais, ressoando em cada canto da fazenda.
O cheiro da terra molhada após a chuva se misturava à fumaça da madeira queimada e ao aroma intenso do vinho.
A lua cheia, redonda e vigilante como um olho divino, parecia observar aquela união — dois mundos se encontrando: carne e espírito, homem e fera.
Jackson Grimwood ainda sentia o peso do anel em seu dedo. O ouro parecia pulsar, quente demais, como se absorvesse sua excitação e a misturasse ao sangue.
As risadas, o tilintar dos copos, o crepitar da fogueira e o canto distante da banda formavam uma sinfonia estranha — uma celebração que tocava o sagrado e o primitivo ao mesmo tempo.
Ele olhou para Serena, agora sua esposa, e soube, de forma absoluta, que jam