Eu sentia a tensão no ar, como uma corda esticada ao ponto de se romper. O vento cortava minha pele com uma violência que parecia refletir o que acontecia dentro de mim. Eu estava no limite, no ponto em que a magia dentro de mim não podia mais ser ignorada, e a sensação de que algo se aproximava – algo que eu não poderia controlar – me consumia.
— Ângela… A voz de Damian cortou o silêncio da noite, como um sussurro de preocupação. — Você está bem?
Eu o olhei, e o brilho de seus olhos intensificava a ansiedade em meu peito. Ele e os outros dois estavam ali, ao meu lado, como sempre, mas eu não sabia como dizer a eles o que estava acontecendo dentro de mim. Como explicar o turbilhão de emoções e energia que parecia me consumir por dentro?
Eu engoli em seco, tentando controlar a respiração acelerada. — Algo está vindo. Eu posso sentir. Minha voz soou mais fraca do que eu queria. Eu odiava ser fraca. Eu odiava sentir que não podia proteger a mim mesma.
— Você sente alguma coisa específica