O ar estava denso, como se a própria atmosfera estivesse carregada de energia elétrica. Eu sentia a magia pulsando dentro de mim com mais força a cada segundo, uma força que eu mal compreendia, mas sabia que era minha. A sombra à minha frente, o inimigo que se dizia uma parte de mim, estava ainda mais próximo, como se sua presença fosse uma extensão da escuridão que eu tentava desesperadamente afastar. Mas agora eu sabia: ele não poderia mais controlar minha vida. Eu era mais do que o medo, mais do que a dor que ele havia trazido.
— O que você acha que vai fazer, Ângela? A voz do inimigo ecoou em minha mente, como um sussurro venenoso. — Você não pode escapar de quem você realmente é. A escuridão está em você. Você não pode lutar contra isso.
A cada palavra dele, eu sentia meu peito apertar. Eu tinha medo. Eu tinha medo de ser consumida por essa escuridão, medo de perder o controle, medo de não ser capaz de fazer o que tinha que ser feito. Mas eu também sabia que, agora, havia algo ma