Theo sorriu de uma forma tão suave que me fez sentir uma leveza em meu peito. "Você não vai se perder, Ângela. Eu prometo. Não deixaremos isso acontecer."
Eu balancei a cabeça, sem saber o que responder. Era como se uma parte de mim já tivesse aceitado o que estava acontecendo, mas a outra parte ainda hesitasse, apegada ao medo. O medo do desconhecido. O medo de ser feliz. O medo de ser amada.
"Eu não sei o que fazer com isso", murmurei, olhando para as montanhas distantes. "Eu quero me entregar, quero viver isso com vocês, mas o medo ainda está aqui. O medo de me machucar novamente."
Theo apertou suavemente minha mão, suas palavras calmas, mas firmes. "O medo é natural, Ângela. Todos nós temos. Mas o que importa é o que fazemos com ele. Podemos deixar o medo nos paralisar ou podemos usá-lo para nos fortalecer. E, juntos, vamos passar por isso."
Eu respirei fundo, absorvendo suas palavras, sentindo uma onda de gratidão tomar conta de mim. Era claro que o caminho à frente não seria fác