POV:Isa
Foi só um dia.
Vinte e quatro horas.
Mas parecia uma eternidade.
Abri o notebook logo cedo, com a expectativa quase infantil de encontrar uma mensagem dele me esperando.
Nada.
Fiz o login, fiquei olhando a tela em branco, atualizando de tempos em tempos, como se isso pudesse fazer as palavras aparecerem.
Nada.
Enviei um “oi”.
Esperei alguns minutos.
Apaguei.
Depois escrevi de novo, dessa vez com um coração tímido no final.
E o cursor ficou piscando na tela, solitário.
Me peguei pensando em como era estranho sentir tanto por alguém que eu mal conhecia de verdade.
Mas era como se ele tivesse aberto uma porta dentro de mim, e agora que ela estava entreaberta, o silêncio do outro lado doía.
Tentei me distrair, mas cada vez que o barulho de uma notificação ecoava no quarto, meu coração disparava.
E toda vez não era ele.
No fim da tarde, percebi que estava com o notebook aberto, olhando para o mesmo ponto da tela há quase meia hora.
Era ridículo.