ETHAN PETTERSON
A expressão no rosto do Heitor era de pura incredulidade, como se não tivesse entendido direito o que Celso acabara de anunciar. O homem parecia um peixe fora d’água, abrindo e fechando a boca sem conseguir formar uma frase coerente. (Não que algo que sai da boca dele seja coerente de qualquer maneira).
— Celso… meu amigo, deve ter havido algum engano. — Ele forçou um riso ridículo, tentando recuperar o mínimo de dignidade que ainda possuía. — Nosso negócio está prestes a decolar. O que você e eu estávamos construindo vai alcançar o céu, não é hora de recuar.
Celso, porém, não se abalou.
— Lamento que tenha entendido errado, Heitor. — respondeu friamente. — Mas não tenho mais nada a tratar com você. Tenho um compromisso agora, e se me dão licença…
Ele se virou para mim primeiro, apertando minha mão com firmeza.
— Ethan. Foi um prazer.
— O prazer foi meu. — devolvi o aperto de mão, trocando um olhar de agradecimento.
Celso se despediu de Cristina com um b