ETHAN PETTERSON
Depois que Cristina saiu do escritório, ela passou o resto do dia me dando um olhar fulminante a cada vez que nos cruzamos.
Ver ela me encarando com tanta raiva daquele jeito era excitante. Ela ficava gostosa quando estava emburrada, com os olhos brilhando de raiva e a boca apertada tentando não gritar todos os xingamentos que passam por sua cabeça. Eu tinha que morder a língua para não rir alto.
Ela achava mesmo que podia sair andando só porque deu vontade? Ah, minha Cristina ainda tinha muito a aprender sobre mim.
Cristina estava se debatendo em aflição e culpa, quando minha esposa era ela mesma, isso não é divertido?
O que não me agradava era essa história de “encerrar”. Ela já era minha. No corpo e no papel também. Algo me diz que ela me odiaria ainda mais se soubesse que a esposa é ela do que outra.
Eu estava rindo sozinho desse pensamento quando meu celular vibrou sobre a mesa. Peguei sem olhar e atendi.
— Alô.
— Oi, filho.
— Oi, mãe, como você está? — f