51. A Exceção Que Não Entendi
“Ann Sterling”
A honestidade brutal de Nathan deveria me incomodar, mas tem o efeito oposto.
Pelo menos sei onde piso com ele. Não há mentiras ou falsas promessas, como Robert costumava fazer.
— Você sempre soube que queria ser CEO? — pergunto, aproveitando o momento raro de abertura.
Nathan para de comer e me observa por alguns segundos, como se estivesse decidindo se a pergunta merece resposta.
— Não tive muita escolha — responde, finalmente. — Meu pai sempre deixou claro que eu assumiria os negócios da família. Não havia alternativas.
— E você queria?
— Nunca me perguntaram se eu queria — ele corta outro pedaço de peixe, pensativo. — Era o que tinha que acontecer.
— Mas você gosta do que faz?
— Sou bom nisso — dá de ombros. — E gosto de ganhar dinheiro.
— Isso não é a mesma coisa que gostar.
— Para mim, é — ele me encara. — Ann, quando você é bom em algo que te dá poder e dinheiro, acaba gostando.
— Mesmo que não fosse sua primeira escolha?
— Não existe primeira escolh