24. É Só Questão De Tempo
Margareth suspira, como se eu fosse uma criança inconveniente, fazendo perguntas demais.
— Do cassino, ué — responde, guardando as notas na bolsa. — Tive uma noite de sorte no pôquer.
— No pôquer? — franzo as sobrancelhas. — Margareth, quando você saiu?
— Saí depois que vocês foram embora — ela dá de ombros, como se fosse a coisa mais normal do mundo. — E antes que pergunte: não gastei muito. Só uns cinquenta dólares.
— E voltou com isso tudo? — aponto para a bolsa. — Quanto tem aí?
— Dois mil — responde, seca. — Eu estava mesmo com sorte.
Minha mandíbula se contrai. Dois mil dólares. Em uma noite. Enquanto eu me vendo para Nathan para conseguir o que Daniel precisa.
— Cinquenta dólares viraram dois mil? — pergunto, desconfiada. — Como exatamente conseguiu isso?
— Sorte, Ann. S-O-R-T-E — soletra, como se eu fosse idiota. — Você sabe o que é isso, né? Ou passou tanto tempo sendo azarada que esqueceu?
— Margareth…
— O quê? — retruca, com as mãos na cintura. — Não vai ficar fe