Capítulo 34 — Caminhos Cruzados
A claridade fria da manhã avançava pelas frestas da cabana, iluminando a poeira suspensa no ar. Rudbeckia sentiu o frio úmido se infiltrar na pele conforme ajeitava a capa, que pegará emprestado, sobre os ombros, cada movimento denunciando sua fraqueza. Mas havia decisão no modo como prendia os fechos — e no modo como mantinha o queixo erguido.— Você não deveria se levantar tão cedo. — Daisy quebrou o silêncio, a voz suave, mas firme. — Ainda está fraca. Ficou inconsciente por quase dois dias. Seu corpo precisa de mais repouso.Rudbeckia não respondeu de imediato. Ajustou a capa com cuidado, respirando fundo. O cheiro do lugar — lenha queimada, ervas secas — já estava impregnado nela. A cada inspiração, lembrava-se de como acordara ali, sem memória de ter caído.— Agradeço o que fez por mim — disse enfim, sem olhar diretamente para Daisy. — Mas não posso ficar aqui.Daisy cerrou os lábios, contendo o impul