Capítulo 35 — Ecos do Sangue
O céu se fechava em nuvens grossas quando decidiram que não havia outra opção senão correr. O frio parecia mais cortante, a umidade mais pesada sobre os corpos. Rudbeckia sabia que não venceriam em confronto aberto — não naquela condição miserável em que se encontrava. A lembrança do olhar dos homens que surgiram na estrada ainda latejava em sua mente. O mesmo ódio. A mesma convicção de que ela não sairia dali viva. Foi ela quem disse, com voz tensa, entre dentes: — Não podemos lutar. Vamos… agora. Daisy não hesitou. Agarrou a mão de Natascia com força, os dedos finos quase machucando a menina. Os olhos vermelhos da criança se arregalaram, mas não houve perguntas — apenas o reflexo de obediência cega. O primeiro passo na mata soou como um trovão em sua mente. A partir dali, tudo virou urgência. Daisy puxava Natascia pela frente, desviando das raízes e