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155 - O QUE É BOM SEMPRE DÁ MEDO

Por volta das onze da manhã de domingo, Celina abriu os olhos, espreguiçando-se lentamente na cama. O sol atravessava as frestas das cortinas, aquecendo o quarto com uma luz dourada. Ao seu lado, Zoe ainda dormia profundamente, com o rosto sereno apoiado no travesseiro. O silêncio no apartamento era acolhedor, como se o mundo lá fora tivesse adormecido também, respeitando aquele raro momento de paz.

O celular de Zoe vibrou sobre o criado-mudo, despertando-a suavemente. Ela se espreguiçou com um sorriso preguiçoso no rosto e alcançou o aparelho. Seus olhos brilharam ao ler a mensagem de Arthur:

"Bom dia, minha lindeza. Acho que você já deve ter acordado. Tenha um domingo leve e cheio de coisas boas. Beijo meu."

Celina notou o brilho nos olhos da amiga e, ao vê-la sorrir sozinha para o celular, não conseguiu conter o riso.

— Arthur, né? — perguntou com uma voz ainda rouca de sono.

Zoe riu, levemente corada.

— Ele é diferente, Cel... Não sei explicar. Ontem, mesmo com aquele clima de ba
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