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CAPÍTULO 5 – O COMPORTAMENTO DIFÍCIL DE RODRIGO

Lua entrou na sala de Rodrigo, a ansiedade apertando-lhe o estômago. Ele a encarava com uma expressão incomum — uma ruga profunda na testa, como se reprovasse algo que ela sequer compreendia. Desviou o olhar para os papéis nas mãos, pigarreou e iniciou:

— Senhorita Fernandes… — A voz grave ecoou calculista. — Você foi incrível. Trabalhou excepcionalmente bem hoje.

— Obrigada, senhor Alcântara — sussurrou ela, os olhos fixos nas mãos largas dele, que organizavam documentos com precisão militar.

— Sua mediação foi fundamental. Graças a você, os franceses darão resposta amanhã.

— Que bom, senhor — respondeu, ela de forma contida, notando como seus próprios dedos tremiam disfarçadamente no colo.

Ele alinhou os papéis na mesa com um gesto brusco. Quando ergueu o rosto, os olhos azuis-gelo perfuraram-na como adagas:

— Prometi que o emprego seria seu, se saísse bem. — Uma pausa carregada. — E você… excedeu as expectativas.

Lua sorriu, a euforia misturando-se ao medo do desconhecido:

— Obrigada. Prometo que não se arrependerá.

Rodrigo não retribuiu o sorriso. Inclinou-se para frente, as mãos entrelaçadas sob o queixo:

— Espero que não. — O tom era uma ameaça velada. — Mas alerto: aqui não há espaço para mediocridade. Pressão constante. Expectativas altíssimas é o que encontrará todos os dias.

— Estou pronta — afirmou, erguendo o queixo num desafio silencioso.

Ele acenou, cortante: — Veremos.

Lua engoliu seco. Tudo o que ouvira sobre seu chefe era verdade — um perfeccionista implacável. Mas o que ele disse a seguir congelou-lhe o sangue nas veias:

— Mas antes de mais nada — ele ajustou-se na cadeira, cruzando as mãos —, há algo que preciso deixar bem claro.

— O quê, senhor? — Lua arqueou as sobrancelhas, curiosa.

— Como funcionária desta empresa — a voz dele ganhou um tom cortante —, você tem a obrigação de manter respeito entre colegas e sócios.

— Claro, senhor — respondeu ela, perplexa.

— E não tolero namoricos pelos corredores — acrescentou, os dedos tamborilando na mesa.

Lua franziu o cenho:

— Não entendo a insinuação.

— Não importa — ele ergueu uma mão, encerrando o assunto. — Basta entender suas responsabilidades.

— Sim, senhor.

— Ótimo. — Ele fechou a pasta com um estalo. — Começará amanhã. Ao chegar, procure Hanna na sala ao lado, pois infelizmente amanhã ela ainda estará no lugar de Silvia, espero que não me apronte novamente — falou mais para si mesmo que para Lua, depois a encarando disse-lhe. — Ela lhe dará meus horários e tarefas.

Ela concordou com a cabeça, e depois que ele a dispensou, saiu da sala de Rodrigo. Ela ainda não havia notado, mas havia suspendido a respiração e assim que saiu soltou o ar, e sorriu feliz por ter conseguido o que tanto desejou. Porém, ao lembrar do que Rodrigo lhe falou, ela sentiu-se um pouco confusa e se perguntou:

“Por que mencionou "namoricos"?” A dúvida martelou-lhe os pensamentos enquanto caminhava.

Nada justificava aquela advertência, mas estava determinada a seguir as regras. Enquanto saía da sala, Lua sentiu uma sensação de realização. Ela havia conquistado o respeito de Rodrigo, ela sabia que ainda havia muito a aprender, mas estava pronta para enfrentar os desafios que viriam.

No corredor, Júlio e Sabrina interceptaram-na:

— E então? — perguntou ele, ansioso.

— Ganhei o emprego! — O sorriso de Lua era contagioso.

— Sabia! — Sabrina abraçou-a, enquanto Júlio acrescentou:

— Mas prepare-se. Rodrigo não brinca em serviço.

— Ele já me avisou — Lua riu, nervosa. — Disse que será desafiador.

— E será — Júlio baixou a voz, teatral. — Mas comigo por perto, você sobrevive.

Sabrina deu um puxão na orelha no irmão, fazendo todos rirem. O som ecoou pelo corredor até a sala fechada de Rodrigo, onde ele observava a cena pela fresta da porta, os dedos apertando a caneta em suas mãos até os nós brancarem.

Júlio ainda sorrindo falou:

— Agora sem brincadeira linda, sei que você é capaz. Sei disso agora depois do que vi você fazer naquela sala de reuniões.

Sorrindo, Lua lhe agradeceu. Nesse momento, Rodrigo chamou Júlio:

— Júlio, preciso falar com você.

— Ok, já vou indo — respondeu ele, virando-se para elas. — Vou lá encarar a fera!

Elas riram. Ele então olhou para Lua:

— Lua, como já disse, e volto a repetir, sei que se sairá super bem aqui. Mas caso precise de ajuda, poderá sempre contar comigo.

Sabrina sorriu e complementou:

— E comigo também! Afinal, agora seremos colegas de trabalho!

Lua agradeceu: — Obrigada! Se precisar, não hesitarei em pedir ajuda.

Sabrina apontou para o corredor:

— Agora vamos! Vou lhe mostrar toda a empresa e apresentar seus colegas.

Enquanto se afastavam, Lua percebeu Rodrigo na porta de sua sala observando-a. Um arrepio percorreu-lhe a espinha.

“Por que me sinto assim toda vez que ele me olha?”

No primeiro dia de trabalho...

Lua chegou cedo, determinada a impressionar. Seguindo as instruções, dirigiu-se à sala da secretária de Júlio. O que não imaginava era que encontraria Hanna — a mesma loira da recepção que causara confusão.

Lembrou-se de não tê-la visto durante o tour com Sabrina. Supôs ter sido um mal-entendido e sorriu educadamente:

— Olá, bom dia!

Hanna ergueu o rosto com um cenho franzido:

— Diga o que deseja?

Ao reconhecê-la, os olhos da secretária estreitaram. A lembrança da humilhação voltou: Sabrina sussurrando "Parabéns, Hanna! Graças a você, Lua será a nova secretária do Rodrigo!", seguida pela reprimenda de Júlio e Rodrigo pelo currículo "perdido".

Embora, na verdade, Hanna não tivesse perdido o currículo — escondera-o de propósito para fazer a "jecazinha" desistir —, a jovem agora estava ali, sorridente, diante dela. O ódio fervia nas veias da secretária, mas ela disfarçou com um sorriso melífluo:

— Bom dia! Você deve ser a nova secretária do doutor Rodrigo, não?

Lua retribuiu o sorriso:

— Sim! Ele me pediu para buscar sua agenda de compromissos.

Hanna entregou os documentos com um gesto exageradamente solene:

— Claro, está tudo aqui! — A voz adocicada contrastava com o olhar gélido.

Lua agradeceu, e a secretária acrescentou:

— De nada, querida! Fico tão feliz por você ter conseguido o emprego. Seremos ótimas colegas! A propósito, me chamo Hanna Mendes e você como se chama?

A ironia passou despercebida. Lua respondeu com genuíno entusiasmo:

— Lua Fernandes. Muito prazer!

— Hanna Mendes Tavares. Seja bem-vinda! — Aperteou-lhe a mão com força calculada.

— Obrigada!

Porém, assim que Lua saiu, o sorriso de Hanna desmoronou. Sentou-se à mesa, os dedos crispados sobre o teclado.

Preciso agir rápido. Antes que essa intrusa finque raízes aqui...

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