O restaurante escolhido por Pietro para o jantar era um refúgio de elegância e sofisticação. A mesa reservada ficava próxima a uma imensa janela de vidro que se estendia do chão ao teto, permitindo que a brisa noturna envolvesse o ambiente em um abraço suave e reconfortante. Do lado de fora, um jardim exuberante se revelava, adornado por luzes discretas que acariciavam as folhagens e flores, enquanto o som sereno de uma fonte borbulhante se misturava ao sussurro da noite. Era um cenário perfeito para acalmar a alma — mas, naquele momento, a alma de Pietro estava longe da calmaria.
Seu olhar intenso e penetrante fixava-se em Lua, como se buscasse desvendar cada segredo que ela guardava em seu íntimo. A inquietação que fervilhava dentro dele era latente, e sua expressão denunciava a agitação que não conseguia disfarçar. Finalmente, rompendo o silêncio que pairava entre eles, ele falou, sua voz carregada de uma mistura de preocupação e frustração:
— Você entende que, como seu amigo, não