Lua respirou fundo e encarou Yumi, os dedos trêmulos sobre a taça de água.
— Temos esse áudio… mas infelizmente não é prova suficiente. Como vamos provar que a Cláudia mencionada por eles é a mesma Cláudia Maia?
Yumi se inclinou para frente, os olhos afiados.
— Bem, senhora… eu fiz um minucioso trabalho de investigação. Voltei aos registros da época em que a vítima estudava em um colégio tradicional, na cidade de São Paulo. Descobri que Marco Tavares também estudava lá.
Lua arqueou as sobrancelhas. — No mesmo colégio?
— Sim. — confirmou Yumi. — Na época, Marco já tinha dezenove anos, mas ainda estava preso no terceiro ano do ensino médio. Ficava na mesma sala de Cláudia.
Lua engoliu em seco. — Ela sofria alguma ameaça dele?
— Sofria assédio constante. — A voz de Yumi era firme. — Cláudia era muito bonita, chamava a atenção. E Marco, além de agressivo, sempre foi conhecido por se envolver em encrencas.
Lua fechou os olhos por um instante, recordando-se da foto da garota. Dezess