A mesa está posta com simplicidade, mas carrega o sabor de aconchego e de lar. Dona Maria serve os pratos com mãos hábeis, enquanto Lua, já alimentada, repousa serena no colo de Jonathan, que tenta, ainda desajeitado, equilibrar o garfo com a esquerda enquanto segura a filha com a direita.
— Se quiser, eu seguro ela para você comer — oferece Ravi, que já está terminando de comer para ir para o escritório.
— Não, tô bem assim. — Jonathan responde, com um sorriso discreto.
— Tô aprendendo.
Dona Maria observa os dois com ternura silenciosa. Depois do jantar, ela arruma a cozinha com ajuda de Heitor e Jonathan leva Lua para o quarto. Com cuidado, arrasta o berço para bem ao lado da cama, como se pudesse protegê-la com a própria respiração.
Ele se senta na beira do colchão, observando o rostinho calmo da filha.
— Sua mãe logo vai estar aqui, Lua... nesse quarto com a gente. — Sua voz falha um pouco.
— Só não sei se ela vai querer ficar comigo. Não depois de tudo.
Lua resmunga baixinho. J