15. Maridos, Nomes e Outras Torturas

Respirei fundo e, mantendo a compostura, dei minha ordem à minha avó:

— Vovó, vá até Alexander com seu celular e coloque-me no viva-voz.

Ela arfou, claramente entretida com minha ideia.

— Finalmente decidiu usar o cérebro, hein?

Imaginei minha avó avançando com a rapidez de um vendaval em direção ao casal. E lá estava ela, colocando-se entre os dois como um general em campo de batalha, soltando:

— Alexander, sua esposa quer falar com você.

O silêncio do outro lado era tão sólido que podia se partir em pedaços.

Suspirei, lembrando que minha avó e tecnologia não se davam muito bem — para aprender a deslizar o dedo e atender uma chamada, foram meses de luta. Mas, fosse sorte ou o destino me ajudando, o silêncio seguia, indicando que eu havia sido ouvida. Aproveitei e soltei:

— Senhor Speredo, por acaso autorizei você a transformar meu apartamento em seu armário? Porque suas coisas estão espalhadas pela minha sala de estar como se fosse sua. Está planejando trazer o guarda-roupa inteiro
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