101. A Esposa Simples e o Vestido do CEO
Ela era tão parecida com Alexander que era assustador. Os mesmos olhos intensos, escuros como um poço sem fundo, que pareciam enxergar até a alma de quem ousasse encará-los por muito tempo. Olhar para Lily era como ser atraída por um ímã poderoso e perigoso, um convite irresistível para o abismo. E, ainda assim, eu continuava olhando.
Seu rosto era um paradoxo ambulante. O nariz reto, alto e imperioso parecia ter sido esculpido por um escultor invejoso. Os traços da família Speredo não eram apenas bonitos — eram imponentes, quase intimidadoras, como se cada linha dissesse: “Eu sou melhor do que você, aceite.” Até mesmo as sardas delicadas no rosto de Lily pareciam competir por atenção, suavizando o que, de outro modo, seria uma beleza implacável.
Enquanto eu tentava disfarçar o fascínio desconfortável que sua aparência me causava, Lily, claro, não perdeu a oportunidade de quebrar o silêncio com sua usual falta de tato:
— Não vamos perder o tempo uma da outra — disparou, com um