Everton narrando

O dia chegou.

A Priscila tava com aquele olhar misturado de ansiedade e medo. A mão dela suava na minha, e mesmo tentando parecer calma, eu conheço cada trejeito dela… ela tava nervosa. E eu? Cara, eu tava com o coração disparado. Nunca achei que fosse me ver nessa situação: indo com a mulher da minha vida fazer um ultrassom. Saber como nosso bebê tava. Saber o sexo. Eu era só gratidão por tudo que a gente viveu até aqui.

Entramos na clínica e fomos recebidos por uma médica simpática, daquelas que já te deixam mais tranquilo só pelo sorriso. Priscila deitou na maca e puxou a blusa, revelando aquela barriguinha que crescia mais um pouquinho a cada semana. Eu segurei firme na mão dela. Me sentei do lado, olhos colados na tela. Quando a médica passou aquele gel gelado e encostou o aparelho na barriga da Pri, o som do coração do bebê preencheu a sala. Forte. Ritmado. Perfeito.

— Tá tudo certinho com o neném — a médica disse, com um sorriso nos lábios. — Querem saber o se