Priscila Narrando
Ver o Luiz Fernando com o nosso filho me fez sentir um turbilhão de coisas. Medo, esperança, raiva, alívio… tudo ao mesmo tempo. Eu observava de longe, do portão, com o coração apertado no peito. Não era fácil pra mim. Ele tinha nos machucado demais. Mas ver meu filho sorrir... aquilo não tinha preço.
Quando os dois se levantaram e vieram em minha direção, respirei fundo. Limpei discretamente uma lágrima que teimava em cair. Meu filho correu até mim, me abraçou e disse animado:
— Mãe! Ele vai no meu jogo!
Sorri, mesmo com o nó na garganta.
— Que bom, meu amor. Fico feliz por você.
Luiz Fernando parou à minha frente, com um olhar mais calmo, quase grato. Por um momento, não dissemos nada. Apenas nos olhamos.
— Obrigado, Pri… por deixar eu ter esse momento com ele.
— Não fiz por você. Fiz por ele — respondi, firme. — Mas se for pra entrar e sair da vida dele de novo, melhor nem começar.
Ele abaixou a cabeça, envergonhado.
— Eu sei. E você tá certa. Só queria uma chanc