Everton Narrando
Saí da casa da Priscila com o gosto do beijo dela ainda nos meus lábios. Caminhei até o carro em silêncio, as mãos no bolso, tentando conter a vontade de voltar e bater de novo naquela porta. Mas eu sabia que ela precisava de espaço. E eu… precisava de paciência.
Assim que entrei no carro, encostei a cabeça no banco e respirei fundo. A imagem dela me pedindo pra ir embora ficou martelando na minha mente. Ela tava tentando se proteger, eu entendi. Só que era foda ouvir aquilo quando tudo que eu queria era ficar.
A verdade? Eu nunca tinha sentido isso por ninguém. Priscila me tirava do eixo, me fazia querer mudar, crescer, ser melhor. E por mais que ela tentasse se afastar, esse negócio entre a gente… já era forte demais pra simplesmente ignorar.
— Você pode me mandar embora, Pri. Mas não vai me esquecer — falei antes de sair, e eu sei que ela sentiu aquilo tanto quanto eu.
Enquanto dirigia pelas ruas quase vazias da cidade, comecei a pensar no que fazer agora. Não pos