Everton Narrando
Assim que saí do prédio onde tinha resolvido umas pendências, meu celular vibrou no bolso da calça. Tirei o aparelho com uma mão só, enquanto a outra segurava a chave do carro.
Era uma mensagem da Priscila.
Meu peito deu um aperto estranho. Toda vez que o nome dela aparecia na tela, parecia que o mundo desacelerava por uns segundos.
Abri a mensagem rápido.
Ela dizia que o Luiz Fernando, aquele idiota que nunca valorizou a mulher incrível que tinha, havia procurado ela para falar do filho dos dois. E, mesmo tentando agir com maturidade, dava pra sentir pela forma como ela escreveu que isso mexeu com ela. Com eles.
Fechei a mão em punho, respirando fundo. Eu queria resolver tudo por ela, queria arrancar qualquer dor ou preocupação que ela carregasse. Mas Priscila era orgulhosa, forte. Ela queria — e merecia — resolver as coisas do jeito dela.
Eu precisava dar espaço, mas ao mesmo tempo... não conseguiria simplesmente ficar parado.
Dirigi até a frente da casa dela sem n