Anthony Narrando
Fechei a porta com cuidado e me virei pra ela, que já tava sentada na beira da cama me olhando com aquele sorrisinho de canto que sempre me desmonta. Tirei minha camisa devagar, joguei no cesto e fui até ela.
— Vamos com calma, tá? Se sentir qualquer tontura, me avisa.
— Eu tô bem, amor... só um pouquinho cansada.
— E eu tô aqui pra te poupar até desse cansaço.
Apoiei uma mão nas costas dela e a outra sob os joelhos, levantando como se fosse pluma. Ela riu, meio manhosa, meio rendida.
— Eu falei que conseguia andar, Anthony...
— E eu falei que não vou deixar. Você desmaiou, caramba. Me deixa cuidar, vai...
Entrei com ela no banheiro, sentando ela no banquinho que a Luísa tinha deixado ali. Abri o chuveiro, regulei a água, e depois comecei a tirar com calma a roupa dela, como se cada gesto fosse uma prova do quanto eu a amava. E era.
A água morna começou a cair sobre o corpo dela e eu fui molhando as mãos, passando no ombro, nos braços. Ela fechou os olhos, relaxada.
—