Ana Kelly Narrando
Uma semana se passou desde aquele dia. Desde que meu corpo cansado se entregou pra ele com sede, com fome, com tudo que tinha dentro. E desde então, Nicolas não deixou de cuidar de mim nem por um segundo. Mas o que ele fazia agora... ah, o que ele fazia agora...
Eu ainda tava meio entre o sono e o mundo real. A luz suave do dia nem tinha invadido o quarto direito. O ar condicionado aqueci o ambiente e a brisa morna batia no lençol que cobria meu corpo. Só que algo... algo me fazia morder o lábio mesmo de olhos fechados.
Era a mão dele.
Quente, firme e ao mesmo tempo carinhosa. Os dedos deslizando entre minhas pernas como quem conhece cada centímetro do meu corpo. E ele conhece. E ele sabe exatamente onde tocar. E como.
Senti os dedos roçando de leve, depois firmando, abrindo caminho e encontrando meu ponto de prazer como se tivesse um mapa desenhado só pra ele. Meu quadril se mexeu involuntário. Minha respiração já tava curta, e os arrepios vinham em ondas.
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