Anthony NarrandoEu fiquei ali, parado, só olhando ela sentada na beira da cama. Essa mulher… você é doido. Ela falava com o peito aberto, com a alma na voz. Não tremia, não hesitava. Cada palavra que saía da boca dela era uma porrada de realidade. E pørra… como é que eu não vou ter orgulho?Me aproximei devagar, ajoelhei na frente dela. Ela me encarou com aquele olhar firme, mas eu vi a dor escondida ali também. A ferida que aquela cobra da Bárbara tentou reabrir.— Você tem noção do que você é, mulher? — falei baixo, segurando nas pernas dela — Você é gigante. você é coragem na veia. Tu me fez lembrar por que eu escolhi você… e por que eu não volto atrás nem fudendo.Ela engoliu seco, mas não falou nada. Só ficou me olhando.— Você desceu lá, meteu o papo reto sem abaixar a cabeça. Você podia ter feito escândalo, partido pra ignorância… mas não. Você foi firme. Classe com marra. Você botou ela no lugar dela com só palavra. Não precisou levantar a mão. Só tua presença já humilhou. —
Anthony Narrando Desci devagar, passando pela clavícula, espalhando meu nome na pele dela com cada beijo, cada mordida leve. Ela fechou os olhos, mordeu o lábio, e eu sabia: tava no controle do corpo dela, do desejo dela.— Quero tu gemendo meu nome, Kelly… — sussurrei, descendo pela barriga, cada parte recebendo minha boca como se eu tivesse orando no templo mais sagrado.Abri as pernas dela com calma, como se abrisse um segredo. Passei a mão de leve na bøceta, sentindo o quanto ela já tava molhada por mim. A minha boca encostou, já sugando ela, a minha língua começou o trabalho. Primeiro lento, depois fundo, depois daquele jeito que eu sabia que ela não resistia.— Anthony.... que delícia amor... — gemeu lindamente.Ela arqueou o corpo na cama, os dedos agarrando o lençol. O som que saiu da garganta dela foi tudo pra mim. Aquilo ali era música de vitória, era hino de conquista. Era o meu nome que ela soltava entre os dentes.— Isso, amor… deixa eu ver você se perder, deixa eu te se
Brenda Narrando Não era como se eu fosse nova nesse tipo de jogada. Se tem uma coisa que aprendi na vida é que, se você quiser vencer, tem que saber usar as armas que tem. E eu sabia exatamente o que fazer.Entrei na sala de arquivos como quem não queria nada. Na mão, uma planilha qualquer pra disfarçar. Nos olhos, aquele brilho de quem tava só "fazendo hora". Mas por dentro... meu coração batia acelerado. Sabia que, se me pegassem fuçando documentos que não eram do meu departamento, eu ia estar encrencada até o último fio de cabelo.Fui puxando as gavetas, uma a uma, devagar, escutando cada rangido como se fosse um alerta. Ali, entre relatórios financeiros, contratos antigos e papelada esquecida, tava o que eu queria: informações sobre os investimentos secretos da família Carter.Sorri de canto. Bingo.Só que a sorte nem sempre joga a nosso favor por muito tempo. Quando ouvi passos no corredor, o instinto falou mais alto: fechei as gavetas rápido e fingi que tava encostada na mesa,
Karen Narrando O cheiro de café fresco invadia o ambiente, misturado com o burburinho dos clientes que lotavam as mesas naquela manhã de sexta-feira. Eu ajeitava as bandejas no balcão quando a porta da cafeteria se abriu e senti a energia mudar.Entrei no automático, sorriso no rosto, pronta pra atender mais uma cliente... até que meus olhos caíram nela.Brenda.Ou melhor, "Bruna", como ela mesma se apresentou, toda metida, cheia de pose.A mulher caminhou até o balcão, estufando o peito como se fosse dona do lugar. Meu estômago virou na hora. A cara de paü dela era um tapa na minha cara.— Bom dia, querida — ela disse, com uma voz melosa que me dava nos nervos. — Me vê um capuccino... e capricha, tá? — piscou pra mim como se fôssemos amigas de infância.Fiz de tudo pra manter a postura. O estabelecimento tava cheio, e eu sabia que no comércio o cliente sempre tem razão, por mais que a vontade fosse jogar o capuccino inteiro na cabeça dela.Preparei o pedido em silêncio, enquanto ela
Ana Kelly Narrando O barulhinho suave do motor do jatinho quase embalava meu sono, mas a presença do Anthony ali do meu lado me mantinha desperta e alerta. Ele tava tão bonito, tão calmo, com aquela mão grande segurando a minha como se quisesse me lembrar que eu tava segura, que era dele.Eu sorri, olhando pela janelinha. O céu tava claro, e logo mais a gente ia pisar de novo em solo brasileiro. Meu peito se encheu de uma mistura de ansiedade e saudade.— Esta pensando em quê, minha menina? — Anthony perguntou, a voz grossa e preguiçosa.Virei o rosto pra ele, puxando nossa mão entrelaçada pra perto da boca e dando um beijo rápido.— Tava pensando que você é muito safado — brinquei, rindo.Ele arqueou a sobrancelha, com aquele sorriso de canto que me deixava boba.— Safado? Logo eu? — fingiu indignação.Eu ri de novo, balançando a cabeça.— Você marcou com a Bárbara às três da tarde... e a gente tá voando embora às nove da manhã! — falei, tentando conter a gargalhada. — Imagina ela a
Anthony NarrandoO carro deslizava pelas ruas do Rio com a familiaridade que só quem vive aqui reconhece. O som suave da rotação do motor, a respiração tranquila da Ana Kelly ao meu lado e os murmúrios baixos dos meus pais no banco de trás deixavam o ambiente mais pesado do que parecia. A tensão entre nós era palpável, mas ninguém falava sobre ela diretamente. A viagem seguia silenciosa, embora as cabeças estivessem girando a mil por hora, cada um na sua. No meu caso, a mente focava no que realmente importava: a próxima jogada.Meu pai, com aquela calma de quem já viu de tudo, e minha mãe, sempre atenta, trocavam olhares enquanto o carro cortava a cidade. Eu ouvia a conversa baixa entre eles, mas preferia ficar em silêncio. Não precisava dizer nada pra entender o que estavam pensando. A questão de Bárbara e Brenda pairava no ar, mas sabíamos que não seria simples.— Não vai adiantar tirar a Bárbara e a Brenda do jogo sem antes derrubar a peça-chave — eu disse, quebrando o silêncio. A
Ana Kelly NarrandoEstávamos na sala do Anthony, eu e minha sogra, Luisa. O ambiente estava carregado, um silêncio pesado que fazia meus nervos ficarem ainda mais à flor da pele. Esperávamos que eles terminassem a reunião na sala ao lado, mas minha mente girava sem parar, fervendo com tudo o que estava acontecendo com a Brenda — ou melhor, a Bruna, como ela se apresentou.Olhei para Luisa, sentada calmamente, mas com um ar pensativo. Parecia saber algo que eu ainda não sabia. E eu já estava perdendo a paciência. Precisava entender o que estava rolando, o que aquela mulher estava tramando, e por que agia daquele jeito falso e nojento.Resolvi quebrar o clima sufocante.— Agora que estamos só nós duas, pode falar o que está te deixando agoniada?. — Ela soltou, se jogando na poltrona em frente à minha, como quem já esperava essa conversa.— Ah, senhora Carter, é uma longa história. — Comecei, respirando fundo pra segurar o ódio.— Eu adoro histórias longas. — Ela respondeu, cruzando as p
Bárbara narrandoA grade do portão de embarque, suou para mim, com um estrondo, como se ecoasse a vergonha e a raiva que queimavam dentro do meu peito. Eu e Anthony havíamos feito aquela viagem maldita juntos, aí volta e o Marcelo de vôo convencional, porque fomos largados na Itália como dois estorvos, enquanto Anthony e aquela aproveitadora da Ana Kelly voltavam tranquilos para o Brasil, como se nós dois fôssemos lixo dispensável.Arrastei minha mala com brutalidade até o estacionamento, sem sequer olhar para trás. Marcelo vinha logo depois, carregando a dele em silêncio. Quando encontrei o carro que ele tinha deixado ali antes da viagem, parei de frente pra ele, sem conseguir mais segurar o que estava engasgado na garganta.— Isso é uma palhaçada! — cuspi as palavras, atravessando Marcelo com o olhar. — Você viu bem, né? Fomos tratados feito cachorro!Ele encostou na porta do carro, os braços cruzados, e respirou fundo antes de responder.— É preço de quem fecha com a senhora? — per