O silêncio da noite parecia se intensificar à medida que Clarice e Sol continuavam a caminhar pelo jardim. O som suave de seus passos sobre a terra molhada se misturava com o sussurro das folhas. A cada passo, Clarice sentia uma leveza crescente, como se o peso do mundo estivesse se desfazendo aos poucos, permitindo-lhe respirar mais livremente. Sol, ao seu lado, caminhava com a mesma tranquilidade, mas seus olhos, agora fixos no horizonte, transmitiam algo mais — algo profundo, como se ela soubesse exatamente o que estava por vir.
Foi Sol quem quebrou o silêncio novamente, mas desta vez sua voz soou diferente. Havia uma urgência quase imperceptível, algo que Clarice não soubera identificar até então.
— Clarice, você já parou para pensar no que acontece quando deixamos de controlar?
Clarice parou, sua mente à deriva entre o que Sol dissera e o que isso significava. Ela estava tão acostumada a planejar cada passo, cada movimento, que essa pergunta a fez hesitar. O controle sempre fora