As palavras dele a atingiram como um soco no estômago, mas Cecília não recuou. Ela sabia que aquilo era fruto da dor, da confusão. Ainda assim, não podia ignorar a acusação.
— Gael, eu entendo que você está frustrado, mas não tem o direito de me tratar assim. Estou aqui porque me importo, porque quero te ajudar.
Ele bateu a mão na cama, a respiração acelerando.
— Ajudar? Você quer me ajudar? Onde estava sua ajuda quando mentiu para mim? Quando me fez acreditar naquela... naquela mentira que a Beatriz era minha ?
Cecília ficou em silêncio por um momento, absorvendo a hostilidade. O peso das palavras dele era quase insuportável.
— Gael, eu nunca menti para você sobre Beatriz. Nunca. Eu não sei o que te levou a acreditar nisso, mas estou aqui para esclarecer tudo.
Ele virou o rosto, como se estivesse tentando fugir daquela conversa.
— Eu já disse que não quero você aqui. E não é só por causa da cegueira. Isso não muda o fato de que você mentiu para mim .. — A voz dele tre