MARIA JÚLIA
Instintivamente me levantei e avancei na direção da minha mãe, que estava petrificada, pálida, seus olhos estavam arregalados e fixos na direção de Tobias. Fiquei com medo dela se cortar com os vidros que caíram no chão, assim que fiquei a centímetros de distância, minha voz se fez presente.
— Mãe! Mãe! Mãe.... — depois de chamá-la algumas vezes, enfim seus olhos se voltaram em minha direção.
— Você está bem?
— Sim! Filha.
— A senhora ficou olhando fixamente para o Tobias.
— Só o achei parecido com alguém que vi algum tempo atrás, mas deve ter sido só impressão minha e como estava distraída acabei deixando a bandeja cair.
Achei estranho, ela parecia inquieta e seu tom de voz estava bem estranho. Minutos depois, após limpar toda bagunça, fiz um lanche para oferecer ao Tobias e minha mãe foi para o seu quarto descansar, já que deixou o almoço adiantado. O restante do meu dia passei concentrada, com Tobias fazendo todo o trabalho que íamos apresentar na segunda feira.