Eu levantei da cama e saí para o corredor, felizmente eu encontrei Gabriel entrando em seu quarto.
— Gabriel!
Ele parou no batente da porta e virou para me encarar.
— Deseja alguma coisa? — ele falou sarcasticamente.
— Sim — respondi. — Tenho algo importante para discutir.
Sua expressão debochada quebrou e deu lugar para uma mais séria, ele arrumou a postura e falou com a voz baixa.
— Diga.
— Acredito que você também não tenha pensado nisso, — comecei com o tom quase condescendente. — Mas precisamos falar do que acontecerá no natal e ano novo.
Gabriel afirmou com a cabeça percebendo o significado por trás da minha explicação.
— O natal... — ele falou.
— É, — cantei. — O natal.
— Pretendo passar com a minha mãe. — Gabriel falou.
— Mas eu sempre passo com a família da Mabel. — expliquei. — É uma tradição.
— Parece que temos um impasse.
— Não complica as coisas dessa vez, por favor. — pedi.
A sinceridade na minha voz talvez tenha mexido com seja lá o que Gabriel tem no lu