Laura
Existe algo de absolutamente proibido e delicioso em relembrar a noite passada.
Talvez seja porque eu sei que não deveria estar pensando nisso enquanto caminho pelos corredores coloridos da escola, cheios de cartazes com macarrão pintado e desenhos de arco-íris.
Mas, sinceramente, como não pensar?
Porque cada vez que fecho os olhos, sinto outra vez a boca do Caine contra a minha. Na minha pele.
E não é uma lembrança discreta, não, dessas que você coloca num potinho mental e guarda no fundo da gaveta.
É como um filme em 4K, passando o tempo inteiro na minha cabeça, sem chance de desligar.
Ele me devorou.
De um jeito que eu nunca, nunca teria imaginado daquele homem.
O CEO ranzinza, que mal sabe dar bom-dia sem parecer que está assinando uma sentença de morte, se transformou em pura urgência, pura fome, pura intensidade.
E eu… bem, eu não fiquei muito atrás.
Sento na minha mesa da sala de aula e coloco a pilha de cadernos na frente, mas em vez de corrigir os desenhos das crianças,