(...)
O salão principal da galeria em Paris estava iluminado com uma suavidade acolhedora. A multidão era elegante, silenciosa, mas havia no ar uma tensão quase sagrada: todos esperavam por ela.
Emma.
O nome dela estava em cada parede. Nas conversas, nos olhares, nas expectativas.
Cinco anos de silêncio. Dois de renascimento.
E agora, ali, a artista que havia emocionado o mundo com suas cores estava de volta — mais viva do que nunca.
Alexandre ajeitou o paletó e olhou para a entrada da galeria, onde Emma se preparava para atravessar a cortina de veludo que a separava do público.
Ela vestia um longo azul-escuro, os cabelos soltos caindo sobre os ombros, os olhos brilhando com um misto de nervosismo e coragem.
— Você está pronta? — ele sussurrou, segurando sua mão.
— Nunca estive tão pronta, — respondeu ela, com um sorriso que misturava timidez e força.
Miguel, agora com dez anos, estava ao lado dela, orgulhoso.
Sofia, elegante e confiante, acompanhava-os, como filha e como mulher que s