Lua sorriu ao ouvir a voz doce dele quase implorando, mas sua mente logo se voltou para a filha. Também desejava ver Anaïs cada vez mais próxima de Rodrigo, mas sabia que, depois de tudo o que havia acontecido, a menina estava sensível demais. Embora adorasse Rodrigo como o “titio da Chloé”, dificilmente aceitaria de imediato a ideia de vê-lo ao lado de sua própria mãe.

— Não sei, Rodrigo … tenho medo dessa aproximação. Se ela perceber algo… e não aceitar… — murmurou Lua, a insegurança transbordando em sua voz.

Rodrigo compreendeu. O receio dela era legítimo. Anaïs ainda digeria a separação dos pais, e tudo era recente demais. Mas dentro dele já havia algo decidido. Aquela noite não seria apenas sobre empresas ou estratégias de negócios — seria muito mais.

Com um gesto discreto, levou a mão ao bolso e sentiu a pequena caixinha ali guardada. Um símbolo de um passo que desejava dar, um compromisso que ia muito além de contratos e fusões. Respirando fundo, respondeu com calma:

— Não se p