Impulso -
"Marie, por favor, fale alguma coisa?", ele implora, o desespero estampado em seu rosto.
Mas o silêncio reina, e a cada segundo que passa, a dor da traição se intensifica em meu coração. As palavras que ele pronunciou ainda ecoam em meus ouvidos, como um mantra cruel que me acompanha: "Eu comprei a editora."
Com a voz embargada pela emoção, finalmente consigo expressar o que sinto: "Eu não acredito no que você fez, Carlos. Comprar a editora? Isso não tem cabimento!"
A raiva toma conta de mim, e a frustração se traduz em um ultimato: "Eu não vou trabalhar para você. Se você não vender a editora, eu peço demissão e vou procurar emprego em outro lugar."
As palavras soam duras, mas são a única maneira que encontro de defender minha dignidade. Não posso ser cúmplice de um plano tão maquiavélico, movido por obsessão e controle.
O silêncio que se segue é ainda mais ensurdecedor do que o anterior. Seus olhos me fitavam, cheios de tristeza e arrependimento. Ele sabe que errou, mas o