Parte 4...
— Como assim, esqueletos no armário? - eu franzi a testa achando engraçado.
— É que nunca sabemos de verdade o que se passa na vida dos outros, querida. Ficamos tentados a pensar que só quem tem problemas somos nós, isso é comum para o ser humano.
— Ah, entendi... Tipo "a grama do vizinho é mais verde que a minha" - gesticulei.
— Bem isso mesmo.
Puxei o ar fundo e torci a boca, pensando na frase. É verdade.
— Matteo se mostra um homem diferente do que ele é na empresa.
— Mas é que temos personagens para cada etapa de nossa vida. Você não é a mesmo vinte e quatro horas do dia, é?
— Acho que não - torci o nariz.
— Então, porque ele seria? - ela espalmou as mãos sobre o colo — Você tem que observar e buscar entender o comportamento do outro. Até nós mesmos, às vezes, vendemos uma falsa imagem nossa que acaba por enganar aos outros e muitas vezes nos decepcionamos quando achamos que não somos entendidos.
Eu parei um momento para pensar nisso. Acácia como sempre tem m