Revirei os olhos. O entusiasmo dele me enojava.
— Você é doente.
— Não. Eu sou esperto. E você também vai ser, se quiser manter seu filho seguro.
A frase me atingiu como um soco. Meu estômago se revirou e meu corpo congelou. O nome do meu filho na boca dele era como veneno. Suspirei, derrotada. Ele sabia exatamente onde apertar.
Stevan ergueu a taça, como se brindasse ao próprio plano.
— Infelizmente, não vamos poder ficar. — disse, com aquele tom arrastado, carregado de sugestão. — Uma pena. Logo vai começar a parte realmente interessante da noite… Se é que você me entende.
Olhei ao redor. A música estava mais alta agora, os sorrisos mais soltos, os toques mais íntimos. Era como se o ar tivesse engrossado com luxúria. Como se cada canto da boate exalasse promessas indecentes.
— Mas conseguimos o que queríamos. — ele completou. — Você vai entrar pela porta da frente, com convite e tudo. Professora de português… que elegante, não? Eles vão te aceitar. Ivana precisa. E você va