Bati a porta do apartamento com força o suficiente para que qualquer coisa frágil ali dentro tremesse. Stevan apareceu no corredor logo em seguida, camisa parcialmente aberta, cabelo bagunçado, e pela primeira vez… parecia acabado. Pálido, olhos fundos. Não era o homem seguro, sarcástico e no controle que eu conhecia.
— Que porra é essa?! — minha voz saiu rasgada. — Você mandou o seu pai atrás de mim?
Ele me encarou como se eu tivesse cuspido fogo.
— Vai com calma, Catarina.
— Vai se foder com essa calma! — eu gritei, andando em direção a ele. — Eu quase tive um ataque do coração! Você tem noção do que ele fez? Ele foi até a escola! Ele ameaçou o meu filho!
Os olhos dele brilharam por um segundo. Talvez surpresa. Talvez medo. Talvez vergonha. Mas, como sempre, ele se recompôs rápido demais.
— Você tá pisando em gelo fino — ele respondeu, frio. — Eu não gosto desse tipo de acusação.
— Acusação? — ri, nervosa. — Você sabe o que ele me disse? Que eu tenho dois dias pra entregar