Lorenzo Ferraz
— Olha só, se acalme. Tire essa cara de assassino do rosto e lembre-se: ela é uma mulher, e em mulher não se b**e.
— Cala sua boca! — explodi, minha voz cortante feito navalha. O sangue fervia nas minhas veias, e tudo dentro de mim gritava por vingança.
Fora de mim, girei nos calcanhares e fui direto até o gerente.
— Quero aquela mulher fora daqui. Agora. A despeça!
O gerente arregalou os olhos, confuso.
— Mas senhor… Ela precisa muito desse emprego. É uma funcionária exemplar, está aqui há quatro anos e nunca faltou um único dia.
— Eu não dou a mínima! — gritei, socando a mesa. — Quero que ela vá embora imediatamente. Mande-a sair dessa loja!
— Lorenzo… — meu amigo tentou intervir, mais uma vez. — Não faça isso só porque você a odeia. Ela não te fez nada. Você vai embora daqui a pouco, nunca mais vai vê-la! Pra que isso?
— Só quero o endereço dela. — respondi, frio. — Só isso.
— O quê?! Você está louco?! Por que quer o endereço dela?
— Para entender por que