AIDEN WOLFE
Depois de dar meu depoimento à polícia e ser liberado no hospital com o braço enfaixado, Ivy e eu finalmente voltamos para casa dela. O silêncio que nos envolvia era mais pesado do que qualquer sirene que tínhamos ouvido nas últimas horas.
Ela examinava meu braço com o cenho franzido, como se pudesse mudar o que já tinha acontecido. Então murmurou com raiva contida:
— Maldito seja, Aiden Wolfe. Você é um babaca por ter levado um tiro tão facilmente.
Puxei-a para perto. Olhei em seus olhos e pedi, sem uma palavra, a permissão que eu vinha esperando há tanto tempo. Depois do que vivemos hoje, eu sabia que ela também não queria mais negar o que sentia.
Ela assentiu.
Ajoelhei-me diante dela e coloquei a mão sobre sua barriga. Meu coração apertou só de imaginar o que teria acontecido se eu não tivesse conseguido salvá-la.
— Querido... você está me ouvindo aí dentro? — sussurrei com a voz rouca. — Eu sou seu pai. O babaca, eu sei. Machuquei muito sua mãe, não foi? Me desculpe p