DANTE KINGSTON
Marina me olhou com olhos assustados.
— Posso te ajudar com a busca, querida? Vai ser mais fácil para você me destruir. Não que você já tenha feito isso duas vezes. — Ela se moveu abruptamente, quase caindo, mas eu a segurei. — Cuidado, querida, ou você machuca algo muito mais precioso para você do que eu.
Ela tentou se afastar, mas eu a segurei com força contra mim. Marina gritou, e eu afrouxei meu abraço, o suficiente para não machucá-la, mas não o suficiente para que ela pudesse fugir.
— Eu… eu estava procurando…
— O arquivo de Londres, não é? — perguntei. Dei o arquivo a ela. — Vá e entregue isso para sua irmã. Não é como se você pudesse me destruir mais do que já fez, meu amor. — Ela olhou para baixo. — Por que você não está me olhando agora? Olhe para mim, nos meus olhos, veja o que você destruiu, amor. — eu disse.
Ela olhou para cima com os olhos cheios d’água, mas desta vez quase não teve efeito em mim.
— Vai, Marina, faça o que tiver que fazer.