Felipe chegou ao galpão com passos firmes, o rosto marcado pela frieza e determinação. Ele sabia que aquela noite poderia ser decisiva, e a raiva que fervia em suas veias estava sob controle absoluto.
Assim que atravessou a porta, viu Heitor esperando ao lado de alguns seguranças.
Os dois sequestradores estavam amarrados a cadeiras no centro do galpão, suas roupas sujas e os rostos mostrando sinais claros de cansaço e medo, ainda que teimosos.
— Eles estão sendo difíceis — disse Heitor, cruzando os braços, enquanto observava os homens com desdém.
Felipe manteve o olhar fixo nos dois prisioneiros, seu queixo travado em contenção. Ele esperava por aquele momento.
Havia dias que esse interrogatório estava em sua mente, e agora sabia que obteria as respostas que tanto precisava.
— Vamos ver o quanto eles aguentam — murmurou, sua voz baixa e carregada de uma ameaça sutil.
O ambiente no galpão estava abafado, o cheiro de óleo e poeira misturado à tensão que pairava no ar. Felipe se